O resto do dia passou rapidamente
emerso nos problemas e buliço do hospital e quando saí do hospital por
volta das 23.30 estava exausto e até me esqueci do compromisso com a
Joana. Só quando cheguei à porta de casa e estava a estacionar o carro
reparei nela que me esperava calmamente dentro do seu próprio carro
enquanto fumava um cigarro. Quando me viu saiu e não pude deixar de
abrir a boca perante a sua visão. Estava vestida de forma simples e
descontraída, calças de ganga justas ao corpo que realçavam a beleza do
seu rabo e um top branco, cabelo solto e sem pinturas. Cumprimentamo-nos
casualmente e fomos subindo para o meu apartamento sem falarmos durante
todo o tempo.
Uma vez em casa ofereci-lhe uma bebida e disse-lhe
para ficar à vontade que precisava de tomar um duche. Quando regressei,
já fresquinho, vinha apenas de toalha enrolada na cintura e sentei-me no
maple à sua frente. Via-se que estava nervosa e constrangida e que
queria falar pelo que lhe dei indicações que o podia fazer. Começou por
me contar porque fazia aquilo, para ter dinheiro para as suas coisas
porque os pais não a podiam ajudar muito, a razão óbvia. Pediu-me para
não contar nada porque isso matar os seus pais. Enfim, esteve quase 15
minutos a falar sem parar e eu não a interrompi. Quando ela terminou eu
limitei-me a dizer que percebia, que não tinha nada a ver com a vida
dela e como tal, desde que eu andasse satisfeito não havia razões para
contar a ninguém.
Acompanhantes Teresina, PI